Corro o risco são francisco de encantar-me por elas? Vou abrir minhas
janelas, vou beijar todas as bocas, hoje a vida se apresenta como um
risco.
Amanhã precipício,
e é tão longe.
Quero-a hoje, agora, em meus
silencios. Entra pela janela, furtiva, e foge comigo pra berlim.
Amanhã será outrem. Os perigos são demais, os amores escasseiam, as mentiras apavoram
Não quero as provas de amor, quero beijos
Eu que nem mesmo sei
o gosto das minhas comidas
as feridas
Vou abrir o ventre
deste amor avaro
pois que as paixões não entorpecem elas disseminam
E eu esqueço
domingo, 30 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
O amor do adeus
Este é o amor, todo o amor:
Chagas de deus.
Meu coração ensanguentado vaza teus perfumes
e faz manhãs nascerem em meu seio para aquecer-te o sol em meus olhos
Faz um luzeiro nas noites, faz
Cócegas nas estrelas
E eriça a cauda de cometas
Como poderão as fontes secarem se o meu amor alimenta-as com as lágrimas
Tua distância e
Inconstância criam as vagas
Os temporais,
Meu naufrágio
Mas irei ancorar em praias brancas de corpos e mel que brota de beijos
e a fina camada de pelos no rosto de um jovem homem que me quer com os desejos de todo seu jovem torso recém exposto aos temporais da masculinidade, ele e todos os sorrisos nos verdes olhos dos outros homens maduros como uvas que bebem em meu seio as forças com que me povoam
e as mulheres jovens de pernas graciosas e sorrisos de água
e as mulheres torneadas por anos em suas ancas que pesam sobre meu corpo sua ansiosa feminilidade
Este é o amor, meu amor
corpo de puta
minha pele untada em óleos dos amantes que arriscam seus desejos em minhas coxas
escorre para tuas mãos
e faz as águas rugirem em meu sexo para dar à tua sede, quando os vinhos das tantas bocas amortecerem os sonhos
Guardarei teu sono com sonhos de correntes e garras
Com a alta lua e os silêncios
Como as lagoas profundas e as as torrentes caudalosas prometem o mar
às ondas e gaivotas
Mas só há o mar para os afogados entre os homens, eu os afogarei com meu pranto, ou com meu sexo voraz
e com as incontáveis palavras que não se diz
Este é o amor, o meu amor e o teu, e o amor dos outros
E os amores todos que causei
Não haverá sombra na tarde que se inicia com sóis duplos, com lesmas sem rastros, com peixes com sede
Não haverá rumores no silêncio das pedras.
Não haverá beijos neste amor desesperado
Somente o presente meu para o teu
Somente as memórias da água, que não escrevem-se em palavras, que não desenham imagens, que são só
Esquecimento.
Chagas de deus.
Meu coração ensanguentado vaza teus perfumes
e faz manhãs nascerem em meu seio para aquecer-te o sol em meus olhos
Faz um luzeiro nas noites, faz
Cócegas nas estrelas
E eriça a cauda de cometas
Como poderão as fontes secarem se o meu amor alimenta-as com as lágrimas
Tua distância e
Inconstância criam as vagas
Os temporais,
Meu naufrágio
Mas irei ancorar em praias brancas de corpos e mel que brota de beijos
e a fina camada de pelos no rosto de um jovem homem que me quer com os desejos de todo seu jovem torso recém exposto aos temporais da masculinidade, ele e todos os sorrisos nos verdes olhos dos outros homens maduros como uvas que bebem em meu seio as forças com que me povoam
e as mulheres jovens de pernas graciosas e sorrisos de água
e as mulheres torneadas por anos em suas ancas que pesam sobre meu corpo sua ansiosa feminilidade
Este é o amor, meu amor
corpo de puta
minha pele untada em óleos dos amantes que arriscam seus desejos em minhas coxas
escorre para tuas mãos
e faz as águas rugirem em meu sexo para dar à tua sede, quando os vinhos das tantas bocas amortecerem os sonhos
Guardarei teu sono com sonhos de correntes e garras
Com a alta lua e os silêncios
Como as lagoas profundas e as as torrentes caudalosas prometem o mar
às ondas e gaivotas
Mas só há o mar para os afogados entre os homens, eu os afogarei com meu pranto, ou com meu sexo voraz
e com as incontáveis palavras que não se diz
Este é o amor, o meu amor e o teu, e o amor dos outros
E os amores todos que causei
Não haverá sombra na tarde que se inicia com sóis duplos, com lesmas sem rastros, com peixes com sede
Não haverá rumores no silêncio das pedras.
Não haverá beijos neste amor desesperado
Somente o presente meu para o teu
Somente as memórias da água, que não escrevem-se em palavras, que não desenham imagens, que são só
Esquecimento.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Negros
Os teus olhos povoam os meus
quando se fecham, promessas ou
sono, quando me olham
desejos
e luz
que me ilumina
que me fascina
que seja sempre ou nunca
Infinitamente
Eu
quero
em
mim
quando se fecham, promessas ou
sono, quando me olham
desejos
e luz
que me ilumina
que me fascina
que seja sempre ou nunca
Infinitamente
Eu
quero
em
mim
Eu abrirein a porta
E tu estarás sorrindo
Sentada ao sol da janela
panorâmica do jardim
E terás o gosto de avelãs
em chocolate tenro
Não haverá partidas
E só chegadas
Não importa que eu esteja exangue e tu esquecida
Será domingo
Por meu decreto de deusa
Em todos os dias
neste coração de rubi
onde te amo ainda
E tu estarás sorrindo
Sentada ao sol da janela
panorâmica do jardim
E terás o gosto de avelãs
em chocolate tenro
Não haverá partidas
E só chegadas
Não importa que eu esteja exangue e tu esquecida
Será domingo
Por meu decreto de deusa
Em todos os dias
neste coração de rubi
onde te amo ainda
7. Anotações para teu deserto
- Ninguém vai te amar tão perfeitamente, mas alguns vão te amar comparativamente.
- Feche os olhos, goze, e suspire no final.
- Lembrei, faça sexo. Pratique.
Puta merda, melhore.
Tenha isso como uma meta, onde você quer chegar: onde eu levei você, no meu corpo
- Não me fazes feliz. Eu sou
- Não existe uma dor que não seja substituida por uma dor maior: a minha
foi substituída pela tua.
- Meu amor não foi bom. É voraz.
- Qualquer corpo é o simulacro do amor.
(Não quer dizer que seja menos intenso, ou belo
pois
Eu o quero,
qualquer)
No amor, deposita-se coisas como bricabraques de palavras
e no acaso de um encontro entre os corpos, a nudez responsabiliza-se pelo encontro.
- O teu deserto são minhas águas.
- O dragão tem um santo que ele carrega como um fardo.
(Ou lembranças)
- Eu tenho a ti que é meu santo
E o meu dragão cravaste tuas unhas sanguinolentas: veneno de mulher que
vaza nos meus olhos.
Curo-me de ti com dois homens lindos, uma mulher que me quer numa medida extrema, e cães, pássaros e alecrins, sabão de cheiro,
a chuva
e o caminho.
- Feche os olhos, goze, e suspire no final.
- Lembrei, faça sexo. Pratique.
Puta merda, melhore.
Tenha isso como uma meta, onde você quer chegar: onde eu levei você, no meu corpo
- Não me fazes feliz. Eu sou
- Não existe uma dor que não seja substituida por uma dor maior: a minha
foi substituída pela tua.
- Meu amor não foi bom. É voraz.
- Qualquer corpo é o simulacro do amor.
(Não quer dizer que seja menos intenso, ou belo
pois
Eu o quero,
qualquer)
No amor, deposita-se coisas como bricabraques de palavras
e no acaso de um encontro entre os corpos, a nudez responsabiliza-se pelo encontro.
- O teu deserto são minhas águas.
- O dragão tem um santo que ele carrega como um fardo.
(Ou lembranças)
- Eu tenho a ti que é meu santo
E o meu dragão cravaste tuas unhas sanguinolentas: veneno de mulher que
vaza nos meus olhos.
Curo-me de ti com dois homens lindos, uma mulher que me quer numa medida extrema, e cães, pássaros e alecrins, sabão de cheiro,
a chuva
e o caminho.
Anotações de um deserto
1. Amo. E não desejo retribuição. E sim amor.
2. Amo. Mas não é: eu te amo. Amo o amor em qualquer corpo, não nos despojos de teu cansaço.
3. Amo a nós, e nós se desfazem: portanto não é o simulacro do amor.
4. Desfaço o nós.
Nós não desfaço (te dou presente para saudades -
E vai doer)
5. Serei ausência. Vazio. Oco.
E vai doer.
E será mais duro nas tardes longas e selvagens
no topo do mundo. Serás tão só.
2. Amo. Mas não é: eu te amo. Amo o amor em qualquer corpo, não nos despojos de teu cansaço.
3. Amo a nós, e nós se desfazem: portanto não é o simulacro do amor.
4. Desfaço o nós.
Nós não desfaço (te dou presente para saudades -
E vai doer)
5. Serei ausência. Vazio. Oco.
E vai doer.
E será mais duro nas tardes longas e selvagens
no topo do mundo. Serás tão só.
O amor que te tenho
O maor que te tenho é
Definitivo
Divino gozo
Infinito
Passo elástico sobre o abismo
cordas
a resgatar teu riso
(Esforço inútil)
Espaço ou tempo de dizer
Te amo
até partir
Definitivo
Divino gozo
Infinito
Passo elástico sobre o abismo
cordas
a resgatar teu riso
(Esforço inútil)
Espaço ou tempo de dizer
Te amo
até partir
Coragem
Eu mato um leão por dia
com minhas mãos
Com meu coração de fogo
e meu corpo de águas
e minha cabeça
de vento
Eu vou desenvolvendo janeiros até
chegar por abril e me deixar
com saudades de você.
E com certezas de que foi um possível um improvável um irreversível
caso de amor sem regrets
Carrego oito até 21 ( e são anos os oito em 21 de abril)
e em 17 as chuvas lavarão seus beijos em mim
Será novembro, enfim, o tempo foi-se
E o presente
eu te darei
futuramente
Eternamente
em tua outra definitiva vida
com minhas mãos
Com meu coração de fogo
e meu corpo de águas
e minha cabeça
de vento
Eu vou desenvolvendo janeiros até
chegar por abril e me deixar
com saudades de você.
E com certezas de que foi um possível um improvável um irreversível
caso de amor sem regrets
Carrego oito até 21 ( e são anos os oito em 21 de abril)
e em 17 as chuvas lavarão seus beijos em mim
Será novembro, enfim, o tempo foi-se
E o presente
eu te darei
futuramente
Eternamente
em tua outra definitiva vida
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Poema desmemoriado
Escrevi uma história
Perdi a memória
Se te encontrei eu já nem sei
Nem vi
Teu rosto em meu rosto tatuado
Meu corpo pesado de ter o teu
Também já não sei
Se te perdi, se louca desfrutei de ti
Expulsei teu gosto
De minha boca e imprimi
Uma reportagem nua
no jornal local
Perdi a memória
Se te encontrei eu já nem sei
Nem vi
Teu rosto em meu rosto tatuado
Meu corpo pesado de ter o teu
Também já não sei
Se te perdi, se louca desfrutei de ti
Expulsei teu gosto
De minha boca e imprimi
Uma reportagem nua
no jornal local
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Eu sei, já doeu demais e agora não existe como esta dor segurar
Ela vai extravazar e te ferir, já
não existe uma forma de amor
que te proteja e te cuide assim
eu acordo todas as manhãs com a dor em minha boca
e uma cegueira em meus olhos
para evitar de te ver.
Assim não dá
Pra te sorrir
Pra te dizer
Que vai sarar
Não vai curar, não desaparece naquela curva do tempo. Cicatriz que rasga fundo
faz-me cínica: o coração é
só uma bomba
que explodirá
Esteja certo.
Esteja pronto.
O estilhaço pode cegar
Como acabou meu riso
Abrupto
(Assim é o fim dos homens,
Nada).
Ela vai extravazar e te ferir, já
não existe uma forma de amor
que te proteja e te cuide assim
eu acordo todas as manhãs com a dor em minha boca
e uma cegueira em meus olhos
para evitar de te ver.
Assim não dá
Pra te sorrir
Pra te dizer
Que vai sarar
Não vai curar, não desaparece naquela curva do tempo. Cicatriz que rasga fundo
faz-me cínica: o coração é
só uma bomba
que explodirá
Esteja certo.
Esteja pronto.
O estilhaço pode cegar
Como acabou meu riso
Abrupto
(Assim é o fim dos homens,
Nada).
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Outra
Uma mulher em meu leito
Um corpo em meio ao gozo
- Um vento quente e ríspido
age nas saias e no mundo
e ela se encosta, e me
afaga a nuca e me beija a pele
definitiva e breve
que o meu sono se esvai
como uma gota no ralo como um pedaço de folha neste vento brusco da manhã
Ela me deixa indócil
Ela me pega quente
Ela me faz em água
E eu lhe queimo o ventre
A mulher que chega agora
Se ri
e me gusta
ela gemer de gozo, e quer mais
Um corpo em meio ao gozo
- Um vento quente e ríspido
age nas saias e no mundo
e ela se encosta, e me
afaga a nuca e me beija a pele
definitiva e breve
que o meu sono se esvai
como uma gota no ralo como um pedaço de folha neste vento brusco da manhã
Ela me deixa indócil
Ela me pega quente
Ela me faz em água
E eu lhe queimo o ventre
A mulher que chega agora
Se ri
e me gusta
ela gemer de gozo, e quer mais
Acidente
Tropecei em um silêncio
quase que minha bússola quebrou
mas não foi tal
eu consegui
resgatar
o riso pouco, a letra torta e a palavra amor
quase que minha bússola quebrou
mas não foi tal
eu consegui
resgatar
o riso pouco, a letra torta e a palavra amor
Do modo Manoel
Anoiteceu um jambreiro pousado de aves
e meu peito ficou pesado feito casa
e doído quando amanheceu
Arrastei saudade
pelo dia todo em meu riso
e você foi matando um a um
os piolhinhos que
me faziam cócegas
e meu peito ficou pesado feito casa
e doído quando amanheceu
Arrastei saudade
pelo dia todo em meu riso
e você foi matando um a um
os piolhinhos que
me faziam cócegas
domingo, 9 de dezembro de 2012
Promessa
Arranco o toco
Assopro a vela
Navegarei em qualquer mar
sem uma bússola
Vou me lançar presidente do planeta do Principezinho
e atirarei pedras a estrelas brancas e buracos negros
Farei de mim um aríete de palavras para tapar o sol com seus bordados (se estiver muito quente),
e lambuzar de mel o corpo de um amor
Palavras
um colar de letras, um vibrar de cordas
e tão mortais como as vespas e os leões,
Estarei na beira dos precipícios, no alto das montanhas, nas curvas do rio
e nas promessas dos frutos que cada flor que te dei traz
Assopro a vela
Navegarei em qualquer mar
sem uma bússola
Vou me lançar presidente do planeta do Principezinho
e atirarei pedras a estrelas brancas e buracos negros
Farei de mim um aríete de palavras para tapar o sol com seus bordados (se estiver muito quente),
e lambuzar de mel o corpo de um amor
Palavras
um colar de letras, um vibrar de cordas
e tão mortais como as vespas e os leões,
Estarei na beira dos precipícios, no alto das montanhas, nas curvas do rio
e nas promessas dos frutos que cada flor que te dei traz
O Poema
O poema me pega pela jugular
Fico atenta
Ás suas mãos de lâminas
Ao corpo de juras de amor
que arrancam minha pele qual ácido
O poema ataca
A manhã nem veio ainda
eele me tira do sono e
me joga no mundo, avesso
aos horários
qurendo que meu sonho seja
o território já conquistado.
Fico atenta
Ás suas mãos de lâminas
Ao corpo de juras de amor
que arrancam minha pele qual ácido
O poema ataca
A manhã nem veio ainda
eele me tira do sono e
me joga no mundo, avesso
aos horários
qurendo que meu sonho seja
o território já conquistado.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Sereia
As sereias, oh sonho, repousam nas praias do meu corpo, elas
Sorriem e suas mãos enternecidas
Carregam meus seios de leite
Produzem meu gozo de águas
e vão,
Pelo mar
Nas espumantes ondas, na água verde
E seus cabelos de algas
E seu hálito de sal
Um emaranhado de lendas
Em vergões na pele branca
Sorriem e suas mãos enternecidas
Carregam meus seios de leite
Produzem meu gozo de águas
e vão,
Pelo mar
Nas espumantes ondas, na água verde
E seus cabelos de algas
E seu hálito de sal
Um emaranhado de lendas
Em vergões na pele branca
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Acordo, em meio à madrugada lacrimosa de chuva.
E meu corpo faz doer de modo que não posso mesmo dizer que você me dói.
A vida me dói.
Desejo ir para o Butão
Desejo ir a Saturno
Não sei como repousar, como ganhar calma neste ar denso e absoluto em seus perfumes.
ao falo.
Não ouço.
Poderia não ver.
Desejo fazer ioga.
Desejo andra sob a chuva intensa em minha bicicleta cor de roxo
Desejo: nada.
Como poderei descansar.
Eu me...(como se diz doer na primeira pessoa?)
E meu corpo faz doer de modo que não posso mesmo dizer que você me dói.
A vida me dói.
Desejo ir para o Butão
Desejo ir a Saturno
Não sei como repousar, como ganhar calma neste ar denso e absoluto em seus perfumes.
ao falo.
Não ouço.
Poderia não ver.
Desejo fazer ioga.
Desejo andra sob a chuva intensa em minha bicicleta cor de roxo
Desejo: nada.
Como poderei descansar.
Eu me...(como se diz doer na primeira pessoa?)
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Faz tempo
Faz um tempo bom de pássaros hoje, um tempo
com iluminação indireta, o sol na lateral dos muros e teu olhar
Esse, atrás dos óculos naquela manhã que já nem lembro,
está nu
em minha mágoa
Faz um tempo de sal, com a umidade entranhada nas pedras
e minhas mãos mais úmidas
como fora tua pele em meu seio
e a respiração entrecortada
e suor extremo
entre tremores
Faz este tempo, faz muito tempo
E eu recorro a homens e mulheres fugazes, a desejos trânsfugos que cansam
A sorrisos cálidos e gentis
Se tua voz meus ouvidos resgatassem
Faria um tempo agora
Sem tempo
Mas já passei, e teus rumores são lembranças
Num rio áspero, na carne tenra, nos músculos que asseguram que eu sou
Definitiva eu sou
em fogo e águas
com iluminação indireta, o sol na lateral dos muros e teu olhar
Esse, atrás dos óculos naquela manhã que já nem lembro,
está nu
em minha mágoa
Faz um tempo de sal, com a umidade entranhada nas pedras
e minhas mãos mais úmidas
como fora tua pele em meu seio
e a respiração entrecortada
e suor extremo
entre tremores
Faz este tempo, faz muito tempo
E eu recorro a homens e mulheres fugazes, a desejos trânsfugos que cansam
A sorrisos cálidos e gentis
Se tua voz meus ouvidos resgatassem
Faria um tempo agora
Sem tempo
Mas já passei, e teus rumores são lembranças
Num rio áspero, na carne tenra, nos músculos que asseguram que eu sou
Definitiva eu sou
em fogo e águas
domingo, 2 de dezembro de 2012
A short shelf life
Você pode perder a roupa perder a pele
Pode vestir o gozo
Voar sem rumo
Cair nos ares até os abismos
Você pode romper o tempo erraticamente, mover distâncias
Zombar de mim.
Eu posso e faço enfim.
Eu dispo os medos as sedas a derme e a epiderme de strass do seu desejo
Traço vôos por toda a Terra
Ocupo o espaço, qualquer planeta
Meu tempo é hoje, te dou:
Presente
Meu gozo é puro
Também é muito
E qualquer um
Pode vestir o gozo
Voar sem rumo
Cair nos ares até os abismos
Você pode romper o tempo erraticamente, mover distâncias
Zombar de mim.
Eu posso e faço enfim.
Eu dispo os medos as sedas a derme e a epiderme de strass do seu desejo
Traço vôos por toda a Terra
Ocupo o espaço, qualquer planeta
Meu tempo é hoje, te dou:
Presente
Meu gozo é puro
Também é muito
E qualquer um
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