Sacia-me a sede, ó mulher
despida de nódoas, pele perfumada
de alabastro e puros crisântemos nos seios
Mata minha fome, deusa
de palavras abissais e silenciosas
E um riso ocasionado por terremotos
Entre dentes
E meus tremores
Abre-me os caminhos, amor feito de cores
E sangue, a nódoa, o jade
E sem substituto algum à doce
Ávida flor do sexo
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Mulher amada (Vinicius faz 100 anos)
Abraça-me com teus beijos
Possui-me com tua fala
Me abras com teu desejo
Deleita-me com teu gozo
Em meu corpo todo ardente
De ti, tua boca de dentes
Teu leite de pedra
Tua voz e sereia
Mulher que me cavalga
que me afaga
me beija
Plena definitiva
derramada de gozo em nós
Possui-me com tua fala
Me abras com teu desejo
Deleita-me com teu gozo
Em meu corpo todo ardente
De ti, tua boca de dentes
Teu leite de pedra
Tua voz e sereia
Mulher que me cavalga
que me afaga
me beija
Plena definitiva
derramada de gozo em nós
Ursa Maior
Mulheres são
Uma constelação, não uma estrela
O sol ardente
Vênus que brilha
e a tonelada derramada na via láctea
Mulheres são um dom de mar
O movimento
Em cada onda em todo vento na água ardente
E quebram rochas
Perfuram fendas
Preenchem tudo
Com sua fala de beijos e seus beijos de riso
e seu gosto pleno de frutas macias
Mulheres são.
Tu és
O que és. Eu quero-te mais
Uma constelação, não uma estrela
O sol ardente
Vênus que brilha
e a tonelada derramada na via láctea
Mulheres são um dom de mar
O movimento
Em cada onda em todo vento na água ardente
E quebram rochas
Perfuram fendas
Preenchem tudo
Com sua fala de beijos e seus beijos de riso
e seu gosto pleno de frutas macias
Mulheres são.
Tu és
O que és. Eu quero-te mais
Uma mulher
Há uma mulher que espreita meus dias
Sorrindo
Bruxa
me leva consigo pelo silêncio branco das noites insones
Até que eu esteja
exausta
exangue
desfeita
e todas as palavras de minha boca
tenham sido roubadas
Ela se ri
e me joga ao sono
e em seu rastro
Só as letras negras neste papel branco inúteis
um obscuro silêncio
que só
o teu perfume e o teu riso
desfazem
Sorrindo
Bruxa
me leva consigo pelo silêncio branco das noites insones
Até que eu esteja
exausta
exangue
desfeita
e todas as palavras de minha boca
tenham sido roubadas
Ela se ri
e me joga ao sono
e em seu rastro
Só as letras negras neste papel branco inúteis
um obscuro silêncio
que só
o teu perfume e o teu riso
desfazem
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Cadeau
Un cadeau
Um passarim
Duas dúzias de lírios
Metros de pele branca
em minha pele branca
Uma gota de suor e CH
Fazem milagres nessa distância
Que se encolhe
E me recolhe entre soluços
Saudades, mais
Um passarim
Duas dúzias de lírios
Metros de pele branca
em minha pele branca
Uma gota de suor e CH
Fazem milagres nessa distância
Que se encolhe
E me recolhe entre soluços
Saudades, mais
sábado, 31 de agosto de 2013
Ela
Ela é um anjo
E rasga os dias
Como uma lâmina de guerra
Quisera o mundo coubesse
Duas guerras, o amor
de muitos,
O poema
feito em peles e o desejo
feito em sais
Pudesse, lhe daria um mundo
quase silencioso
quase rave
Quase caos e montarias
Fossem os deuses feitos
do mesmo barro
que nós
(Ela tinha um sorriso gauche, como Carlos. Os olhos imensos como abismos. As palavras arrebentadas em rochas de sarcasmo, dor.
Ela tinha espírito. Um gesto voraz que caminhava em meu corpo como as lesmas trilham, derramada de brilhos aquosos laminares)
E rasga os dias
Como uma lâmina de guerra
Quisera o mundo coubesse
Duas guerras, o amor
de muitos,
O poema
feito em peles e o desejo
feito em sais
Pudesse, lhe daria um mundo
quase silencioso
quase rave
Quase caos e montarias
Fossem os deuses feitos
do mesmo barro
que nós
(Ela tinha um sorriso gauche, como Carlos. Os olhos imensos como abismos. As palavras arrebentadas em rochas de sarcasmo, dor.
Ela tinha espírito. Um gesto voraz que caminhava em meu corpo como as lesmas trilham, derramada de brilhos aquosos laminares)
Você
Eu vi você
Mulher de pequenos seios, largo gestos
um abismo guardado nos olhos
quase uma queda
Vi tua boca feita de beijos prometidos biblicamente
arrependidos culposamente
E tímidos, descaradamente
(Quase uma recusa de beijos, quase mil
palavras)
Quase passou desapercebida
A tua exasperada aprendizagem
de voo
Os meus vazios
Tu tomaste como mistérios
E eu teria deixado que testasses o voo
Sobre o meu corpo sabendo a águas negras e gosto amargo
Mesmo assim
Me deste ternura
Uma ponte sem outro lado
Um corpo repleto de sais
E eu te dei tudo
O que são minhas palavras: inutilidades
enfeitadas,
Um desejo
Um nada.
Mulher de pequenos seios, largo gestos
um abismo guardado nos olhos
quase uma queda
Vi tua boca feita de beijos prometidos biblicamente
arrependidos culposamente
E tímidos, descaradamente
(Quase uma recusa de beijos, quase mil
palavras)
Quase passou desapercebida
A tua exasperada aprendizagem
de voo
Os meus vazios
Tu tomaste como mistérios
E eu teria deixado que testasses o voo
Sobre o meu corpo sabendo a águas negras e gosto amargo
Mesmo assim
Me deste ternura
Uma ponte sem outro lado
Um corpo repleto de sais
E eu te dei tudo
O que são minhas palavras: inutilidades
enfeitadas,
Um desejo
Um nada.
O Fogo do dragão
Mulher que minha pele queima
em tua espera
em tua órbita
Corpo
de meus lagos olhos
de meus risos gozo
de minha sede
Dispo-me de todos os mundos
os outros corpos
os outros monstros (Só O dragão)
Eu sou o fogo
Dragão de fogo em que te queimas,
A sarça de deus
em tua espera
em tua órbita
Corpo
de meus lagos olhos
de meus risos gozo
de minha sede
Dispo-me de todos os mundos
os outros corpos
os outros monstros (Só O dragão)
Eu sou o fogo
Dragão de fogo em que te queimas,
A sarça de deus
Engano
Estou pisando flores
em tua boca feita de
Desejos e palavras e um sarcasmo
doloroso
Vou com as armas prontas
e atirarei meu gozo
entre tuas pernas
Até que exangue
Tu te creias
Minhas
em tua boca feita de
Desejos e palavras e um sarcasmo
doloroso
Vou com as armas prontas
e atirarei meu gozo
entre tuas pernas
Até que exangue
Tu te creias
Minhas
Proposta
Caso-me
Caso possas capturar o ontem
Que corrói o amanhã
E amarrar os cães das lembranças
Que mordem meus calcanhares
Caso-me
Caso possas apagar
A rua
A rota
Este caminho
Que, em meu corpo, marcam os beijos teus
E saibas
Destruir castelos de ar
E
Lágrimas
Caso-me
Caso outra seja
A vida
Que me dás.
Caso possas capturar o ontem
Que corrói o amanhã
E amarrar os cães das lembranças
Que mordem meus calcanhares
Caso-me
Caso possas apagar
A rua
A rota
Este caminho
Que, em meu corpo, marcam os beijos teus
E saibas
Destruir castelos de ar
E
Lágrimas
Caso-me
Caso outra seja
A vida
Que me dás.
Deusa
Você procura uma deusa
(não sei este papel de mulher glamorosa e doce,
que pedes)
Eu te dou
O caos
Uma série de golpes de olhares
Outra série de palavras avessas
Nesta arena
Destilando fel em mil solidões para afastar-te
Mas ficas girando
Nesta órbita voraz
da minha fúria
Até que eu te beije e beije
E mais
Te condenarei ao meu corpo
(não sei este papel de mulher glamorosa e doce,
que pedes)
Eu te dou
O caos
Uma série de golpes de olhares
Outra série de palavras avessas
Nesta arena
Destilando fel em mil solidões para afastar-te
Mas ficas girando
Nesta órbita voraz
da minha fúria
Até que eu te beije e beije
E mais
Te condenarei ao meu corpo
Vengeance
Vingo-me de ti
no papel branco
nas bocas úmidas dos moços
e no seu sexo roubado no banco de automóveis
que correm
Vingo-me de ti
em banhos longos
e mãos de moças em minhas coxas
e no seu sexo
entre meus dedos aprisionado
Mas
Como
Eu faço
para vingar-me de mim mesma?
no papel branco
nas bocas úmidas dos moços
e no seu sexo roubado no banco de automóveis
que correm
Vingo-me de ti
em banhos longos
e mãos de moças em minhas coxas
e no seu sexo
entre meus dedos aprisionado
Mas
Como
Eu faço
para vingar-me de mim mesma?
Tempo
Abro vinhos vermelhos
Ríspidos
Respiro tabacos
incensos
Perfumo de flores meu leito
Desenho em papéis aos pedaços
A rota
e teus mapas
Quando é que vens?
Me ocupo
Ríspidos
Respiro tabacos
incensos
Perfumo de flores meu leito
Desenho em papéis aos pedaços
A rota
e teus mapas
Quando é que vens?
Me ocupo
domingo, 30 de junho de 2013
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Seis
Mas
que coisa pequenina
Este
poema:
Só
um lembrete
Mulher
que amo
Estou
te amando
Estou
sonhando
Tô
esperando
Você
chegar.
Cinco
Estas horas como cadeiras de balanço e
ondas
Que me contêm
Que movem tudo
Mas que não passam
Eu só percorro as horas mansas da tarde
Até que invadam a noite doce
Que em teu colo
Eu vou ficar.
Quarta
Dupla dose de saudade e silêncio.
Mas o teu rosto branco em cristal
Mas o teu perfume em minha boca
Mas o contorno
De teu riso, o olho olha a cada tempo
Que antes hora
Ora minuto
Agora segundo
Que já não passa.
Ah, mas vai passar
Nem que eu gire o mundo até que chegue em
teu lugar!
Três
As horas ímpares, feitas de sal
Sobre a saudade em pele aberta
Ardendo o fogo de não estar
Perto de ti.
Duas
As horas são coisas, como pedra e sal,
Como cadeiras de balanço nas varandas
As horas são como bichos, e plantas verdes,
e são
Imóveis como os gatos dormem.
As duas horas são pedras desfazendo-se em
solo fértil
Pra crescer uma saudade ruidosa de ti
Quando eu vou.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
O amor e a flor
O amor me deu uma flor
que não desfaz-se
Imensa e vermelha com sua simplória haste ereta
em frente ao meu corpo
Pingo palavras nos cadernos
Visto poemas com paisagens ríspidas
num pedral bruto entre mim e as estradas
Nenhuns gestos me aproximam do humano
Todas as vozes voltam em um eco de gestos liliputianos
Mas eu olho esta flor
No meio de tão nada
E meu coração escorre loucamente
feito um pé de vento
ou uma inundação
que não desfaz-se
Imensa e vermelha com sua simplória haste ereta
em frente ao meu corpo
Pingo palavras nos cadernos
Visto poemas com paisagens ríspidas
num pedral bruto entre mim e as estradas
Nenhuns gestos me aproximam do humano
Todas as vozes voltam em um eco de gestos liliputianos
Mas eu olho esta flor
No meio de tão nada
E meu coração escorre loucamente
feito um pé de vento
ou uma inundação
Casamento
Joaquim ensimesmado cresceu um olhar pro meu ladinho
Eu disse não, e logo fui
pegar muleque solto no aluvião do rio
pra enricar a mãe
e descansar o pai
e mesmo, comprar vitrola para derrotar os silêncios
Mas, homem teimoso Joaquim achou pepita
e me deu:
braço e casa, e um jardim repleto de musgos
Eu passo os dias todos circunvexa tolamente rindo
Se a felicidade não há
eu já sabia
Joaquim me dá um naco da dele, e me basta
Eu disse não, e logo fui
pegar muleque solto no aluvião do rio
pra enricar a mãe
e descansar o pai
e mesmo, comprar vitrola para derrotar os silêncios
Mas, homem teimoso Joaquim achou pepita
e me deu:
braço e casa, e um jardim repleto de musgos
Eu passo os dias todos circunvexa tolamente rindo
Se a felicidade não há
eu já sabia
Joaquim me dá um naco da dele, e me basta
Presente
Eu faria para você uma canção inútil
Uma palavra sem sons
como aquele voo recém-alçado dos pássaros ainda em penugens
Chegará o verão
e não teremos ido senão até o mar
à beira do mar e seus destroços
(embora nunca haja tempestades nessas praias sem marcas)
Mas teremos muitas estórias
de besouros bravos, de frutas vermelhas, e de
cactos eretos entre os arbustos de flores estupendamente amarelas sem perfume
Eu estarei queimada dos sóis
destes tantos dias
e tu
estarás nua por meus desejos
imensos e
efervescentes
Nada será diferente
O amor
manterá os relógios à distância de nós
Uma palavra sem sons
como aquele voo recém-alçado dos pássaros ainda em penugens
Chegará o verão
e não teremos ido senão até o mar
à beira do mar e seus destroços
(embora nunca haja tempestades nessas praias sem marcas)
Mas teremos muitas estórias
de besouros bravos, de frutas vermelhas, e de
cactos eretos entre os arbustos de flores estupendamente amarelas sem perfume
Eu estarei queimada dos sóis
destes tantos dias
e tu
estarás nua por meus desejos
imensos e
efervescentes
Nada será diferente
O amor
manterá os relógios à distância de nós
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Definitiva
Mulher que minha pele queima
em tua espera
em tua órbita
Corpo
de meus lagos olhos
de meus rios gozo
de minha sede
Dispo-me de todos os mundos, os raimundos, os outros corpos
e outro mar
Mato os outros monstros (e alguns dragões)
E sou teu fogo, o teu dragão de fogo e beijos
A tua sarça a minha força
A nossa vida
O todo amor
em tua espera
em tua órbita
Corpo
de meus lagos olhos
de meus rios gozo
de minha sede
Dispo-me de todos os mundos, os raimundos, os outros corpos
e outro mar
Mato os outros monstros (e alguns dragões)
E sou teu fogo, o teu dragão de fogo e beijos
A tua sarça a minha força
A nossa vida
O todo amor
terça-feira, 16 de abril de 2013
O coração de uma mulher
O coração de uma mulher
Não presta para comer, não presta
Para guardar
Não presta para conter
Para que, então, mulher, tens coração?
Para te rasgar e corroer teu riso e teus ciúmes
Para ser guardiã dos perfumes
que sonharás nos travesseiros quando longe te agarrares a bem sucedidas vidas luas e lutarás contra a solidão dos espelhos
Meu coração será a bússola
para o caminho que quiseras teu
Meu coração será o tambor que anuncia
que estás vazia e voraz
quando eu já fui
Não presta para comer, não presta
Para guardar
Não presta para conter
Para que, então, mulher, tens coração?
Para te rasgar e corroer teu riso e teus ciúmes
Para ser guardiã dos perfumes
que sonharás nos travesseiros quando longe te agarrares a bem sucedidas vidas luas e lutarás contra a solidão dos espelhos
Meu coração será a bússola
para o caminho que quiseras teu
Meu coração será o tambor que anuncia
que estás vazia e voraz
quando eu já fui
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Antiguidade
Estou pensando naquelas flores, que murcharam
nos vasos abandonados em nossa casa
As flores,
Os balões de aniversário
As figuras de xadrez
e teu retrato
Eu nunca pensei que partiria, que deixaria para trás essa beleza no ato de amor que fizemos
dia após dia
noite e toda noite
Mas haverá algo a me arrepender, se já fizeste o meu coração um novelo para os gatos?
Saberei que cada um
beijo
fará estragos irreversíveis no ato de amor e tua ausência
que reverbera nos espelhos nos domos empoeirados de niemeyer, e na tua boca que sorri e mente e sorri e mente e sorri e eu
cultivo algumas mentiras doces que não vazam
até que as flores murchas abram sua glória apodrecida
e nossos corpos e nosso amor seja o pó
nesse retrato
nos vasos abandonados em nossa casa
As flores,
Os balões de aniversário
As figuras de xadrez
e teu retrato
Eu nunca pensei que partiria, que deixaria para trás essa beleza no ato de amor que fizemos
dia após dia
noite e toda noite
Mas haverá algo a me arrepender, se já fizeste o meu coração um novelo para os gatos?
Saberei que cada um
beijo
fará estragos irreversíveis no ato de amor e tua ausência
que reverbera nos espelhos nos domos empoeirados de niemeyer, e na tua boca que sorri e mente e sorri e mente e sorri e eu
cultivo algumas mentiras doces que não vazam
até que as flores murchas abram sua glória apodrecida
e nossos corpos e nosso amor seja o pó
nesse retrato
sábado, 16 de março de 2013
Aventura
Ele é um homem tímido
como donzelas. Sorri
entre olhos meio fechados, pega minha mão sem saber
se me beija se me fala seu nome
se me usa
Eu digo
Abusa
me leva pra qualquer lugar e me devora
Ele me rouba
Me usa o corpo
E me desfaz num gozo ávido, feroz e másculo que não se cansa
Na cama, lassos, ele se deita dentro de mim
Vira menino, dorme quieto
Ronrona um pouco
Quero partir, não quero mais
Mas ele se encolhe qual concha em meu seio e a madrugada já se ilumina de manhãs
quinta-feira, 14 de março de 2013
Mar de 12 a 13
Espelha a rua as águas de teus olhos
Quando fez-se adeus
A palavra
Nenhum poema pode mais
brotar
neste rubi
em que se fez meu coração ensanguentado
Dobrado em promessas e mentiras cuidadosamente encastoadas entre nossos risos
E mais que tente
E mais que ame
E faça bandeiras com teu nome dos lençóis em que nossos corpos atados vis desencontram-nos
Perdendo o precioso gozo entre os pequenos prazeres de um cristal de vidro
Não faço mais poemas, não sinto mais o gosto de sangue quando beijo tua boca, a fome
Não sei dos olhos o que o caminho perdeu
E minha pele respira outros perfumes que não teu um
Enumeraria cada perda, cada silêncio dos poemas repousando em livros, e os contos de Rosa Montero pesando nas estantes, e os Fogos desabando nos planetas sórdidos dos amores fugidios de cada caça sem encontrar aquele que conterá todos os suicídios que ocorrem a cada dia em meu ser poético encarcerado entre tantos corpos, tantos beijos, tantos nomes sem nome que reverberam a ausência do teu,
Sombra do vento que foi minha palavra e teus ouvidos
Sombra do vento que foi minha palavra e teus ouvidos
E meu barco navega em um rio tonto que não alcança mais
o Mar
O teu único mar em tuas nádegas de tantas ondas
Vou por aqui embarcada buscando portos
que ancorem um corpo uma noite
um gozo
o grito
e nada mais
(Inexplicável como o amor sobrevive sem palavras, sem encontros, e sem adeus)
Março
Março
É aço
Em minha pele fina
De papel
Inferno no fogo
do meu
Dragão
Sei que passa, em todo março 21 em meu são
que vira jorge
antes antônios e franciscos
Mas deixa um rastro de sangue
Inda bem que é porque cortei
os pulsos
do meu desespero
É aço
Em minha pele fina
De papel
Inferno no fogo
do meu
Dragão
Sei que passa, em todo março 21 em meu são
que vira jorge
antes antônios e franciscos
Mas deixa um rastro de sangue
Inda bem que é porque cortei
os pulsos
do meu desespero
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