O amor me deu uma flor
que não desfaz-se
Imensa e vermelha com sua simplória haste ereta
em frente ao meu corpo
Pingo palavras nos cadernos
Visto poemas com paisagens ríspidas
num pedral bruto entre mim e as estradas
Nenhuns gestos me aproximam do humano
Todas as vozes voltam em um eco de gestos liliputianos
Mas eu olho esta flor
No meio de tão nada
E meu coração escorre loucamente
feito um pé de vento
ou uma inundação

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