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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Segundo dos dias sem ti


A chuva escorre em minha pele, com carícias que se assemelham às suas mãos que percorrem meu corpo todo, e visitam as doçuras dentro em mim, e abrem-me flores amassadas entre minhas pernas.  

As folhas caídas das pequenas arvorezitas perfumam meus pés dançantes, como meu desejo perfuma-se de ti quando encontram-se nossas peles, em atritos delicados e aliciantes. Eu desejo a ti em todas as estações de chuva e sol, eu desejo tua vida impressa na minha vida ao infinito.

Sufoca-me a ausência desta posse que tens de mim, do meu corpo, do desejo da minha boca, das sedes e de todas as lembranças que minhas mãos abarcam. Quero-te alcançar, quero estar em tua órbita, mulher que tem a pele doce e cálida, tâmaras nos desertos que meu corpo percorreu até teu encontro. E chove em mim, escorrendo as águas caudalosas do amor que fazes nascer em mim.


Gotas quentes de chuva, beijos quentes de ti. E sinto teu peso em mim convertida que sou em rios, fogo e águas.

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