Tu, à minha volta, és ausência. Repentinamente perco-me de ti e tu enches o universo com perfumes, sabores e risos: quase te posso tocar nas tuas fugas. Aí, descubro que te aproximas quando estou longe e foges à minha chegada.
Que és tu, sombra que me segue e acaricia? Mas se te abraço, desfazes em não-quereres.
Que olhar meu te captura?
E olha, eu só queria o encontro!
No aguardo de te desvendar, olho lentamente que dormes em meu colo, concha, mar. Não sonho. Abro caminho entre insônias para manter meu olho no teu olhar. Quase espreita.

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