Esqueço-me de tudo, até do amor
e do pão
Pois s inutilidades me atingem num vendaval de ausências e feijoeros secos
Faço preces de manhã para os sorrisos
e cuido do gato
(não há mais uso para mulheres neste olvido)
Ontem, o crepúsculo era pálido, a noite esparramou-se apodrecida sobre os terraços
e nenhuma alma cantou
Fiz minha colheita de silêncios
e aqui estou
avesso de pintura, branco no branco, rastro de formiga no muro
Refestelada de brotos de lírios, causo um certo iridescer no dia de amanhã

Novembro chega sorrateiro, agarrado em minhas saias,costurando distâncias com uma promessa
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