Olha o moço, olha o riso
Olha o jeito de me olhar
Olha o gosto
Pega o gozo
Dentro da noite, dentro de mim
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Antonio
Antono é gitano, antonios e antinoos
Todo antônimo de mim
Pego sua boca vermelha
sua pele de branco floral
suas mãos que tem calos
sua voz que me cala
e seus gemidos
Antonio me gosta
amassa meus seios
Eu sei que é por hoje somente
Mas agora
Quero mais
Todo antônimo de mim
Pego sua boca vermelha
sua pele de branco floral
suas mãos que tem calos
sua voz que me cala
e seus gemidos
Antonio me gosta
amassa meus seios
Eu sei que é por hoje somente
Mas agora
Quero mais
Uma mulher
Uma mulher em meu leito
Um corpo em meu gozo
- Um vento quente e ríspido
age nas saias, e no mundo
e ela se encosta, e me afaga a nuca e me beija a pele definitiva e breve
que o meu sono se esvai
como uma gota no ralo como
um pedaço de folha neste vento brusco da manhã
Ela me deixa indócil
Ela me pega quente
Ela me faz em água
E eu lhe queimo o ventre
A mulher se ri e me gosta
Geme de gozo e quer mais
Um corpo em meu gozo
- Um vento quente e ríspido
age nas saias, e no mundo
e ela se encosta, e me afaga a nuca e me beija a pele definitiva e breve
que o meu sono se esvai
como uma gota no ralo como
um pedaço de folha neste vento brusco da manhã
Ela me deixa indócil
Ela me pega quente
Ela me faz em água
E eu lhe queimo o ventre
A mulher se ri e me gosta
Geme de gozo e quer mais
Morro de saudade, e a culpa é sua
Você já percorreu os caminhos
de um corpo? Já viu
que os pelos recusam carinho
se fazem espinhos
eriçam nos cães
e nas costas das mulheres
que gemem
que criam sussurros
(que são uns outros caminhos)
que são um roteiro
Dos seios ao ventre
Da boca ao olho
Da coxa ao sexo
Mulheres derramam
ao toque das letras na palavra que eu desenho nas mãos
de um corpo? Já viu
que os pelos recusam carinho
se fazem espinhos
eriçam nos cães
e nas costas das mulheres
que gemem
que criam sussurros
(que são uns outros caminhos)
que são um roteiro
Dos seios ao ventre
Da boca ao olho
Da coxa ao sexo
Mulheres derramam
ao toque das letras na palavra que eu desenho nas mãos
sábado, 4 de agosto de 2012
Amor vagabundo
Eu faço poemas de renda
tecidos com o algodão plantado
e o sangue na ponta dos dedos
Vou desenhando flores em palavras
e às vezes pássaros e sempre
vácuos
que são os silêncios, a parte perfeita da língua
Eu visto-me dessas palavras e
encanto teus olhos negros e outros rivais
teus olhos verdes
tuas mãos de homem
tua pele de bela mulher
e a qualquer um
que este rendado sirva
Pois não valho nada que
um amor vagabundo não pague
tecidos com o algodão plantado
e o sangue na ponta dos dedos
Vou desenhando flores em palavras
e às vezes pássaros e sempre
vácuos
que são os silêncios, a parte perfeita da língua
Eu visto-me dessas palavras e
encanto teus olhos negros e outros rivais
teus olhos verdes
tuas mãos de homem
tua pele de bela mulher
e a qualquer um
que este rendado sirva
Pois não valho nada que
um amor vagabundo não pague
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