Antes que eu me esqueça e que eu me cale,
Este silêncio arde
Dentro do meu pensamento.
Minhas palavras brutas sem tua lapidação, sem a doçura esquisita com que lavavas meu rosto
e amaciava-me a língua, e tudo respinga a sangue, este cheiro enjoativo e coagulado na boca
Essa paixão lacerada e suja de pó
De uma estrada que não me leva e nem me traz, um precipício...
Ah o amor, esse ofício de falas, de manhas, de cortes.
Ah o amor esta flor que exala pétalas, que rebusca gestos
Ah o amor
E eu sem palavras,
e eu sem silêncio. E eu sou nadas.

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