Ela é um anjo
E rasga os dias
Como uma lâmina de guerra
Quisera o mundo coubesse
Duas guerras, o amor
de muitos,
O poema
feito em peles e o desejo
feito em sais
Pudesse, lhe daria um mundo
quase silencioso
quase rave
Quase caos e montarias
Fossem os deuses feitos
do mesmo barro
que nós
(Ela tinha um sorriso gauche, como Carlos. Os olhos imensos como abismos. As palavras arrebentadas em rochas de sarcasmo, dor.
Ela tinha espírito. Um gesto voraz que caminhava em meu corpo como as lesmas trilham, derramada de brilhos aquosos laminares)
sábado, 31 de agosto de 2013
Você
Eu vi você
Mulher de pequenos seios, largo gestos
um abismo guardado nos olhos
quase uma queda
Vi tua boca feita de beijos prometidos biblicamente
arrependidos culposamente
E tímidos, descaradamente
(Quase uma recusa de beijos, quase mil
palavras)
Quase passou desapercebida
A tua exasperada aprendizagem
de voo
Os meus vazios
Tu tomaste como mistérios
E eu teria deixado que testasses o voo
Sobre o meu corpo sabendo a águas negras e gosto amargo
Mesmo assim
Me deste ternura
Uma ponte sem outro lado
Um corpo repleto de sais
E eu te dei tudo
O que são minhas palavras: inutilidades
enfeitadas,
Um desejo
Um nada.
Mulher de pequenos seios, largo gestos
um abismo guardado nos olhos
quase uma queda
Vi tua boca feita de beijos prometidos biblicamente
arrependidos culposamente
E tímidos, descaradamente
(Quase uma recusa de beijos, quase mil
palavras)
Quase passou desapercebida
A tua exasperada aprendizagem
de voo
Os meus vazios
Tu tomaste como mistérios
E eu teria deixado que testasses o voo
Sobre o meu corpo sabendo a águas negras e gosto amargo
Mesmo assim
Me deste ternura
Uma ponte sem outro lado
Um corpo repleto de sais
E eu te dei tudo
O que são minhas palavras: inutilidades
enfeitadas,
Um desejo
Um nada.
O Fogo do dragão
Mulher que minha pele queima
em tua espera
em tua órbita
Corpo
de meus lagos olhos
de meus risos gozo
de minha sede
Dispo-me de todos os mundos
os outros corpos
os outros monstros (Só O dragão)
Eu sou o fogo
Dragão de fogo em que te queimas,
A sarça de deus
em tua espera
em tua órbita
Corpo
de meus lagos olhos
de meus risos gozo
de minha sede
Dispo-me de todos os mundos
os outros corpos
os outros monstros (Só O dragão)
Eu sou o fogo
Dragão de fogo em que te queimas,
A sarça de deus
Engano
Estou pisando flores
em tua boca feita de
Desejos e palavras e um sarcasmo
doloroso
Vou com as armas prontas
e atirarei meu gozo
entre tuas pernas
Até que exangue
Tu te creias
Minhas
em tua boca feita de
Desejos e palavras e um sarcasmo
doloroso
Vou com as armas prontas
e atirarei meu gozo
entre tuas pernas
Até que exangue
Tu te creias
Minhas
Proposta
Caso-me
Caso possas capturar o ontem
Que corrói o amanhã
E amarrar os cães das lembranças
Que mordem meus calcanhares
Caso-me
Caso possas apagar
A rua
A rota
Este caminho
Que, em meu corpo, marcam os beijos teus
E saibas
Destruir castelos de ar
E
Lágrimas
Caso-me
Caso outra seja
A vida
Que me dás.
Caso possas capturar o ontem
Que corrói o amanhã
E amarrar os cães das lembranças
Que mordem meus calcanhares
Caso-me
Caso possas apagar
A rua
A rota
Este caminho
Que, em meu corpo, marcam os beijos teus
E saibas
Destruir castelos de ar
E
Lágrimas
Caso-me
Caso outra seja
A vida
Que me dás.
Deusa
Você procura uma deusa
(não sei este papel de mulher glamorosa e doce,
que pedes)
Eu te dou
O caos
Uma série de golpes de olhares
Outra série de palavras avessas
Nesta arena
Destilando fel em mil solidões para afastar-te
Mas ficas girando
Nesta órbita voraz
da minha fúria
Até que eu te beije e beije
E mais
Te condenarei ao meu corpo
(não sei este papel de mulher glamorosa e doce,
que pedes)
Eu te dou
O caos
Uma série de golpes de olhares
Outra série de palavras avessas
Nesta arena
Destilando fel em mil solidões para afastar-te
Mas ficas girando
Nesta órbita voraz
da minha fúria
Até que eu te beije e beije
E mais
Te condenarei ao meu corpo
Vengeance
Vingo-me de ti
no papel branco
nas bocas úmidas dos moços
e no seu sexo roubado no banco de automóveis
que correm
Vingo-me de ti
em banhos longos
e mãos de moças em minhas coxas
e no seu sexo
entre meus dedos aprisionado
Mas
Como
Eu faço
para vingar-me de mim mesma?
no papel branco
nas bocas úmidas dos moços
e no seu sexo roubado no banco de automóveis
que correm
Vingo-me de ti
em banhos longos
e mãos de moças em minhas coxas
e no seu sexo
entre meus dedos aprisionado
Mas
Como
Eu faço
para vingar-me de mim mesma?
Tempo
Abro vinhos vermelhos
Ríspidos
Respiro tabacos
incensos
Perfumo de flores meu leito
Desenho em papéis aos pedaços
A rota
e teus mapas
Quando é que vens?
Me ocupo
Ríspidos
Respiro tabacos
incensos
Perfumo de flores meu leito
Desenho em papéis aos pedaços
A rota
e teus mapas
Quando é que vens?
Me ocupo
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